Com a evolução dos tempos, notamos que as mulheres adiam os planos de ter um filho e, cada vez mais, engravidam em idade mais avançada. No passado, a idade média para o primeiro filho era em torno dos 20 anos, atualmente é em torno dos 30. Isso ocorre por diversas razões. Após os anos 60, com o advento dos contraceptivos, as mulheres passaram a ter controle da natalidade. Hoje, um em cada cinco nascimentos ocorre em mulheres acima dos 35 anos. O que pode estar associado ao adiamento da maternidade em prol da vida profissional, com a falsa ideia de que a idade não interfere em seu futuro reprodutivo.
A fertilidade do ser humano já é naturalmente baixa. Para se ter uma ideia, uma mulher até os 35 anos apresenta uma chance de engravidar em um ciclo menstrual em torno de 20%. Aos 40 anos, essa chance já está reduzida para em torno de 5%. Mesmo que essa mulher tenha uma vida saudável e não tenha problema de saúde, a chance de gravidez permanece baixa. O relógio biológico do ovário é implacável.
Mas o que esse adiamento da maternidade pode acarretar? As mulheres nascem com o número total de óvulos já definido. Ao longo de sua vida, não há produção de novos óvulos. Pelo contrário, a quantidade e a qualidade dos óvulos reduzem progressivamente, com o declínio mais acentuado a partir dos 35 anos. Essa diminuição na quantidade e qualidade dos óvulos acarreta uma redução importante na fertilidade feminina. Ou seja, a cada ano que se posterga a maternidade, diminui a chance de a mulher engravidar.
Além da redução da qualidade dos óvulos, o que gera uma menor taxa de gravidez, o avanço da idade ocasiona uma maior incidência de patologias que interferem na gestação, tais como miomas, pólipos e endometriose, além de aumentar a taxa de abortamento e risco de má formação e doenças genéticas.
Portanto, com o avançar da idade, existem alguns limites biológicos para se engravidar, mesmo em mulheres saudáveis. Mas, os avanços nas técnicas de reprodução assistida nos permitem algumas estratégias para ajudar as mulheres e casais a conseguirem alcançar uma gravidez. Porém, a melhor estratégia ainda é tentar não adiar a primeira gravidez para além de 35 anos de idade.
A partir de 2013, o Conselho Federal de Medicina adotou novas normas éticas para a utilização das técnicas de reprodução assistida, definindo a idade máxima de 50 anos para a realização de qualquer tipo de tratamento para engravidar.
O Centro de Reprodução Humana da Rede Mater Dei de Saúde oferece serviços de alta qualidade técnica e focado na segurança do paciente, como fertilização in vitro, transferência embrionária, pesquisa genética em embriões, congelamento e descongelamento de embriões, técnicas de preservação da fertilidade como congelamento de óvulos e sêmen, avaliação completa e especializada em andrologia, indução da ovulação com coito programado, inseminação artificial ou intrauterina. O atendimento é feito, exclusivamente, pela equipe médica e assistencial da Rede.
RESPONSÁVEL:
Rívia Mara Lamaita
Ginecologista, obstetra e especialista em Reprodução Humana
CRM-MG:28859
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