Médica do esporte alerta sobre riscos e medidas de prevenção
Neste mês das mulheres, infelizmente, tivemos a notícia de duas mortes súbitas em atletas brasileiras. Uma mulher triatleta de 37 anos e a outra, uma atleta de 24 anos. A primeira faleceu durante a prática de natação, a segunda estava participando de uma corrida noturna. Uma morava em São Luís e a outra em Cuiabá. Eram mulheres jovens, exemplo de saúde e que deixaram para trás subitamente suas famílias e amigos durante a prática de exercício físico.
No Brasil, as principais causas documentadas de morte súbita em atletas jovens são as
doenças congênitas do coração. Dentre elas, a mais frequente é a cardiomiopatia hipertrófica, representando cerca de 36% dos casos, seguida pela origem anômala de coronária, com cerca de 17% dos casos. Já nos atletas com mais de 35 anos de idade, a principal causa é o infarto agudo do miocárdio. O exercício vigoroso associado a essas patologias cardíacas pode funcionar como um gatilho para desencadear a parada cardíaca.
Segundo a médica e coordenadora da
Medicina do Esporte Mater Dei, Carla Tavares, a morte súbita, apesar de rara, pode acometer desde praticantes eventuais de academia ou esportes até atletas de alto rendimento. “Nos atletas jovens, a morte súbita é rara e em cerca de 90% dos casos. É secundária a alguma alteração estrutural ou arritmogênica, que leva à parada cardíaca”, explica.
A literatura médica atual indica que as causas descritas acima podem ser detectáveis por meio de uma boa avaliação médica e, quando necessário, de exames complementares, que serão definidos de acordo com as características individuais do indivíduo, seu histórico familiar e com a atividade física que ele se propõe a fazer.
“É de extrema importância lembrar que a prática de exercícios físicos moderados é considerada segura para a população em geral e deve ser sempre incentivada. O que não pode ser esquecida é a avaliação pré-participativa nos exercícios”, orienta a médica.
Serviço de Medicina do Esporte
A Rede Mater Dei de Saúde oferece, desde agosto de 2017, o Serviço de Medicina do Esporte que realiza, dentre outros procedimentos, a avaliação pré-participativa em exercício. Feita de forma criteriosa e por profissionais habilitados, ela é capaz de detectar a maioria das doenças que podem trazer complicações durante a atividade física, permitindo a prática segura do exercício e proporcionando uma vida mais longa e mais saudável.
Publicado em: 27/03/2018
Este post é sobre Atividade física