Os tratamentos minimamente invasivos em Medicina vêm crescendo nas últimas décadas. Com as evoluções tecnológicas, as cirurgias que antes necessitavam de grandes incisões, hoje podem ser feitas por pequenos orifícios ou, até mesmo, sem cortes, por meio dos orifícios naturais do corpo humano. Como exemplo em Urologia, temos o tratamento dos cálculos urinários, hoje, raramente, feito por meio de incisões. Utiliza-se, via de regra, o caminho natural, ou seja, a uretra para acessar todo o sistema urinário e, assim, remover ou quebrar os cálculos. Outras doenças vêm sendo tratadas por meio das cirurgias laparoscópicas, como os tumores de próstata e rim, além das malformações do trato urinário.
No caso do câncer de próstata, que se trata do tumor mais comum nos homens, há recentes melhorias em todas as fases da doença. Desde o diagnóstico até o tratamento da doença avançada, as inovações têm beneficiado os pacientes. No câncer de próstata localizado, também há evoluções. A prostatectomia radical, antes realizada somente por meio de cirurgia aberta, atualmente, pode ser feita por acesso laparoscópico, no qual pequenas incisões são feitas no abdome, proporcionando uma recuperação mais rápida, menos sangramento e menos dor no pós-operatório, além dos mesmos resultados oncológicos e funcionais quando comparada à cirurgia aberta.
O tratamento do câncer de rim também evoluiu muito nos últimos anos. A nefrectomia parcial, cirurgia que poupa o rim, removendo somente o tumor com uma pequena margem de tecido normal, tem o mesmo resultado oncológico do que a retirada total do rim. A nefrectomia, tanto a radical quanto a parcial, também pode ser feita por método minimamente invasivo, denominado de nefrectomia laparoscópica. Com a mesma segurança da cirurgia aberta, a nefrectomia laparoscópica permite que o paciente retorne mais rapidamente às suas atividades cotidianas, além de ter menos dor e melhor resultado estético. Como, atualmente, é possível diagnosticar os tumores renais, via de regra, em pequenos tamanhos, também é possível indicar a nefrectomia parcial laparoscópica, poupando boa parte do rim e oferecendo os benefícios da cirurgia laparoscópica com ótimo resultado oncológico.
O tratamento das malformações do aparelho urinário também passou por mudanças recentes. O estreitamento da junção uretero-pélvica, que é a transição do rim para o ureter, é uma doença congênita que pode levar à perda do rim acometido. Seu quadro clínico vai desde a doença assintomática até a cólica renal típica e o tratamento também pode ser feito por acesso laparoscópico, poupando os pacientes de incisões dolorosas e de tempo de recuperação mais longo.
Vive-se, portanto, um momento de incorporação de novas tecnologias em Urologia. Tais tecnologias, quando usadas de forma ética e responsável, em centros com estrutura adequada para sua realização e equipe com formação adequada, podem propiciar à população um enorme benefício em qualidade de vida.
A Rede Mater Dei de Saúde dispõe dos recursos tecnológicos para a realização das cirurgias urológicas laparoscópicas, contando com salas cirúrgicas com equipamentos modernos e com possibilidade de integração das imagens obtidas nas operações. Essas imagens de alta resolução ser transmitidas em tempo real para os auditórios, possibilitando a realização de eventos de educação continuada. A Rede conta, ainda, com um centro recém inaugurado, o Mais Saúde Mater Dei, onde os pacientes podem agendar consulta diretamente com profissionais especialistas em cirurgia laparoscópica urológica.
RESPONSÁVEL:
Bruno Mello
Urologista
CRM: 34318
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