Ritidoplastia ou Lifting Facial - REDE MATER DEI DE SAÚDE

Ritidoplastia ou Lifting Facial

O procedimento cirúrgico procura diminuir a flacidez e atenuar as rugas da face e pescoço, assim como remover os excessos de gordura localizada nestas áreas, dando ao rosto uma aparência mais jovial. Ao contrário de algumas informações leigas, a ritidoplastia não elimina todas as rugas, porém o conjunto dos efeitos alcançados com a cirurgia levará a uma face rejuvenescida. 

Sabe-se que o resultado da cirurgia não interrompe o processo evolutivo de envelhecimento e, dessa forma, seus efeitos não são definitivos. Assim, pode-se operar a mesma pessoa duas ou três vezes, variando somente alguns detalhes técnicos nas reoperações. 

Na consulta inicial o paciente mostra, na frente do espelho, os problemas que deseja melhorar, analisando com o cirurgião as possibilidades e particularidades de cada caso. Os resultados não são os mesmos para formas de face, textura e flacidez de pele tão diferentes. Quanto mais idoso for o paciente, menor será a duração dos efeitos da cirurgia. O mesmo ocorre com os de pele seca e quebradiça. Ao contrário, aqueles mais jovens, com pele espessa e gordurosa obtêm melhores resultados e efeitos mais duradouros.

Riscos
Raramente traz implicações sérias, entretanto, como todo ato cirúrgico, tem seu risco natural e os imprevistos. A cirurgia estética, como procedimento eletivo, é uma conduta cirúrgica planejada, podendo aguardar a oportunidade ideal para ser realizada, razão pela qual os riscos sistêmicos a ela inerentes são menores.

Cuidados pré-operatórios
Após conversar com o médico e esclarecer todas as suas dúvidas, serão indicados alguns exames de rotina, que devem ser feitos cerca de 10 dias antes da cirurgia. Uma avaliação clínico cardiológica (risco cirúrgico) também é recomendada. Em casos determinados pode ser solicitar algum exame específico que possa ajudar no esclarecimento diagnóstico.

Lembre-se das recomendações gerais para as cirurgias, como não usar, por duas semanas antes, medicamentos à base de AAS, anticoagulantes, corticoides de uso prolongado ou medicamentos para emagrecer; abstinência do fumo por 30 dias antes da operação; não usar cremes faciais e corporais a partir da véspera da cirurgia; jejum de acordo com a recomendação médica (10 horas antes da cirurgia) comunicar ao seu médico qualquer anormalidade ou uso recente de medicamentos, alergias medicamentosas ou alimentares e alguma outra recomendação que venha a ser pertinente. Guarde em casa objetos pessoais como joias e bijuterias. Se fizer uso de tintura de cabelos, aconselhamos que faça logo antes da operação, pois esses produtos poderão ser usados somente cerca de 30 dias depois. Acordar de jejum no dia da cirurgia, tomar banho completo e chegar ao hospital 60 minutos antes da cirurgia com acompanhante.

Como é realizada a cirurgia
Após as fotografias pré-operatórias e o preparo dos cabelos, a cirurgia se inicia sob anestesia local com sedação ou geral, dependendo da indicação do anestesista ou da preferência do cirurgião e em conformidade com o paciente.
 
As incisões (futuras cicatrizes) são postas de forma a camuflar ao máximo sua aparência e, assim, contornam as orelhas, sobem em direção ao couro cabeludo e, posteriormente, penetram na região pilosa de forma horizontal ou descendente. Como todas as cicatrizes, estas passarão por uma evolução natural até sua completa maturação (por volta de 12 a 18 meses), mudando do róseo ao tom semelhante da pele. É importante lembrar que as cicatrizes são permanentes e definitivas.

Todas as estruturas da face são reposicionadas removendo-se os excessos de pele. É uma cirurgia de passos delicados e assim, não deve perder qualidade em função da pressa. Dura cerca de quatro a cinco horas, dependendo das associações cirúrgicas como pálpebras, sobrancelhas, mento, injeções de gordura, lipoaspirações etc. 

Deve-se sempre considerar um tempo maior de permanência no centro cirúrgico (cerca de duas horas) em função do período que antecede a cirurgia para a preparação do campo operatório e anestesia, bem como do período de recuperação pós-anestésica. A internação hospitalar é recomendada por 24 horas ou de acordo com cada caso em particular.

O paciente sai da sala de operações com um curativo tipo capacete que é mantido por 24 horas, quando é feita a primeira troca por outro mais fino, o qual permanece por mais dois ou três dias. Este curativo deixa os olhos, nariz e boca descobertos. A sugestão para o cliente é levar um lenço de cabeça e óculos escuros para seu retorno ao domicílio, no seu primeiro retorno ao consultório.

Pós-operatório

  • O paciente receberá alta hospitalar com todas as recomendações necessárias a uma boa recuperação:
  • Repouso de atividades físicas e limitação de movimentos bruscos e amplos.
  • Deitar com o tronco elevado por almofadas e travesseiros. Não deitar de lado ou de bruços até que seja autorizado pelo seu cirurgião.
  • Banhos molhando a cabeça somente com a autorização da equipe cirúrgica (geralmente no dia seguinte à cirurgia).
  • Não trocar ou manipular os curativos, mesmo que haja um pequeno sangramento (que é normal e não deve assustá-lo(a). Todas as trocas de curativos deverão ser feitas pela equipe cirúrgica ou orientadas por ela. 
  • Observação: Sangramentos copiosos ou variações volumétricas exageradas (inchaços) (na maioria das vezes unilateral) e de acontecimento súbito, acompanhados de dor, devem ser imediatamente comunicados ao seu médico. Pode se tratar de um hematoma e deve ser avaliado prontamente.
  • Os retornos para a retirada de pontos e avaliação pós-operatória são feitos com: oito dias da cirurgia. Retornos adicionais serão comunicados pelo cirurgião e devem ser seguidos para uma completa recuperação e avaliação dos resultados.
  • Não dirigir por um período mínimo de dua semanas.
  • A sensação de olhos secos pode acontecer quando se associa a cirurgia das pálpebras. Geralmente, recomendamos o uso de colírios e pomadas oftálmicas em sua receita, mas caso esta sensação esteja lhe incomodando, comunique com o seu médico.
  • Após um mês (ou antes, a critério médico) você poderá retornar a suas atividades físicas habituais como ginástica, natação, etc.
  • Exposição ao sol com o intuito de bronzear somente será permitida após 30 dias (com proteção da cicatriz). Pequenas caminhadas sob o sol podem ser feitas com o uso de bloqueadores solares.
  • O paciente jamais deverá fazer compressas quentes na área operada, para melhorar o inchaço. A pele ainda estará sensível e poderá ocorrer queimadura de terceiro grau.
  • É recomendado realizar massagens (drenagem linfática) com início no quinto dia de pós-operatório, até cerca de 30 dias, ou de acordo com a avaliação médica. No período pós-operatório imediato, o paciente permanecerá sonolento e poderá iniciar a dieta algumas horas depois, dependendo de cada caso. Isso será orientado pela equipe cirúrgica. A cabeça ficará um pouco elevada não podendo deitar de lado para não comprimir a região operada.
  • A dor no pós-operatório é rara, podendo existir desconforto no primeiro dia devido ao curativo e isso é facilmente contornado com analgésicos comuns que serão prescritos pelo médico, combinado com as medicações e orientações do pós-operatório. O uso de medicamentos deve ser feito apenas com conhecimento do médico.
  • A partir da operação, o organismo reage com inchaço e manchas roxas na pele que podem variar de uma forma discreta a reações mais intensas. Estas reações podem aumentar nos três primeiros dias e então iniciam o processo de regressão. É importante não usar blusas de gola nas duas primeiras semanas evitando assim tracionar o lóbulo das orelhas ao retirá-las.
  • O uso de cremes hidratantes deve ser suspenso até a retirada total dos pontos, sendo que os esfoliantes e despigmentantes somente serão permitidos após avaliação do cirurgião (geralmente depois de três meses). Nesse período, somente é permitido lavar o rosto de forma suave com sabonete neutro e cremoso. 
  • Os cabelos podem ser lavados cuidadosamente após o segundo dia da cirurgia, não usando secadores quentes ou mornos (eles podem danificar a pele e até queimá-la). Para pentear os cabelos, use os dedos ou pente de dentes bem afastados.
  • A maquiagem poderá ser usada após cerca de oito dias e a exposição ao sol, restrita ao terceiro mês da cirurgia. O uso de tintura de cabelo está liberado somente após 30 dias.
  • É comum o paciente observar assimetrias e pequenas irregularidades na face que são absolutamente normais, pois a metade direita da face é diferente da esquerda, inclusive na maneira de reagir à cirurgia. Assim, de um lado poderá haver mais edema que o outro ou um lado absorver mais rapidamente o edema que o outro.
  • A sensibilidade da face também é diferente nesta fase. É comum o relato da sensação de que a pele parece papel. Também pequenas nodulações podem ser percebidas ao acariciar a pele da face. Elas correspondem a pontos de cicatrização e deverão desaparecer lentamente. 
  • Isso tudo vai retornando ao normal com o passar do tempo, pois o organismo precisa esquecer que foi agredido e  leva algum tempo, não comprometendo o seu resultado. Lembre-se que nenhum resultado cirúrgico deve ser avaliado antes dos três meses da intervenção, considerando a redução do inchaço. 
  • O nosso organismo trabalha dentro de uma forma ordenada e um tempo certo. Temos que controlar nossas ansiedades e aguardar a evolução natural, portanto aqui não podemos interferir para mudar o curso do processo cicatricial.
Intercorrências
As intercorrências são situações que surgem no período pós-operatório e não interferem no resultado. São exemplos: equimoses (manchas roxas na pele), edema (inchaço), pequenos hematomas que podem drenar espontaneamente ou necessitar drenagem cirúrgica, deiscência de pontos (abertura do corte), etc.
 
Outras intercorrências indesejáveis e mais complexas, que felizmente são raras: infecção, grande deiscência de pontos, necrose parcial ou total da pele da face, grandes hematomas que precisam ser drenados e as intercorrências pertinentes a qualquer procedimento cirúrgico. Nestas eventualidades é fundamental manter a calma e conversar com o médico que cuidará atentamente do seu caso. 

Evolução em longo prazo 
A ritidoplastia não é cirurgia para o resto da vida. A qualidade dos resultados sofre alterações contínuas ao longo dos anos. Alguns fatores como idade, variação do peso corporal, qualidade e textura da pele, influências hormonais, exposições prolongadas ao sol, estilo de vida, etc, interferem de forma incisiva na face, independente de ter ou não sido operada. No entanto, sempre com a defasagem da correção cirúrgica realizada. 
 
Responsável técnico: 
Ronan Horta
Cirurgião Plástico
CRM: 8464



 

Publicado em: 14/06/2017

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