A diminuição de hormônios sexuais, conhecido nas mulheres como menopausa, também acontece nos homens, sendo chamado de andropausa. A queda na produção dos hormônios androgênicos, como a testosterona, é um processo natural que acontece quando o homem envelhece. Estima-se que cerca de 20% do público masculino entre 60 e 70 anos de idade apresente um quadro clínico de andropausa.
Segundo o médico endocrinologista do Hospital Mater Dei, Rodrigo Lamounier, a redução dos hormônios masculinos ocorre de maneira gradual e mais lenta se comparado ao mesmo processo feminino. “Em alguns homens, a andropausa pode ocorrer de forma muito intensa, causar sintomas e piorar a qualidade de vida e a condição de saúde. Nesses casos, o tratamento médico pode ser benéfico. Mas, como o processo é mais lento e sutil, pode muitas vezes ser confundido com o envelhecimento natural. Por isso, o nome mais aceito para a andropausa é o Distúrbio Androngênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), já que não ocorre uma pausa completa, como nas mulheres”, explica o endocrinologista.
Os sintomas da andropausa são diversos, sendo que os mais específicos são disfunção erétil e perda de libido. “Quando a causa da disfunção erétil são os baixos níveis circulantes de testosterona, o tratamento com a reposição hormonal pode resultar em melhoria da função sexual”, afirma Rodrigo. Porém, há alguns sinais mais inespecíficos como perda de força muscular, redução dos pêlos corporais, mudança de humor, redução da atividade intelectual, fadiga, irritação e, eventualmente, sintomas depressivos.
De acordo com o médico, a andropausa pode ser diagnosticada por meio da avaliação clínica, identificação dos sintomas relacionados e através das dosagens dos hormônios masculinos, principalmente a testosterona.
RESPONSÁVEL:
Rodrigo Lamounier
Endocrinologista
CRM-MG: 31293
