A Paralisia do Sono é a incapacidade de um paciente de se mover ou falar, durante segundos ou até minutos, que ocorre usualmente no início ou no despertar do sonho, e termina de forma espontânea. Essa condição é acompanhada de uma ansiedade importante e ocorre quando há a intrusão do estágio REM – fase do sonho em que existe uma natural paralisia dos músculos, mais conhecida como atonia muscular–, em um estado de consciência parcial, como o que ocorre em um despertar.
Para a pneumologista Regina Magalhães Lopes, essa Paralisia não é uma doença, mas um sintoma de alguma enfermidade, como a Narcolepsia. Sua manifestação é associada ao controle ou não da enfermidade de base, no entanto, alguns fatores como o estresse, o ritmo de sono irregular, o uso de alguns medicamentos e cansaços extremos, podem influenciar no seu surgimento em indivíduos sadios. “Os sintomas mais comuns dessa condição é o aumento da ansiedade do paciente, principalmente nos primeiros episódios da paralisia, associação com alucinações, confusão mental e sensação de pavor, além da crença de ter tido experiências sobrenaturais”, explica a especialista. Já em relação às consequências, essa condição não causa sequelas, e os outros desdobramentos que possam ter efeitos nocivos à saúde do paciente, se relacionam mais com a doença que gera a Paralisia do Sono do que com a própria.
A médica explica que o diagnóstico da Paralisia do Sono pode ser realizado, em sua maioria, por meio do próprio relato do paciente, e em alguns casos, através de um exame de polissonografia, que é recomendando em casos excepcionais. O tratamento é voltado para a doença base, a qual controla este sintoma e/ou os fatores desencadeantes da mesma. Já a prevenção da Paralisia se relaciona ao cuidado com os elementos que podem provocar essa condição, como o estresse e o horário de sono.
RESPONSÁVEL:
Regina Magalhães Lopes
Pneumologista
CRM-MG: 27595
