Poliomielite - REDE MATER DEI DE SAÚDE

Poliomielite

O que é?

Também conhecida como "paralisia infantil", a Poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda. Embora ocorra com maior frequência em crianças menores de quatro anos, também pode ocorrer em adultos. A doença não tem cura e pode deixar sequelas permanentes.


Causa

A Poliomielite é causada pelo Poliovírus, um vírus que vive e multiplica-se no intestino.


De que forma a doença pode se manifestar?

Existem duas formas de manifestação:

  1. Infecção sem acometimento do Sistema Nervoso Central (SNC) em que os sinais e sintomas incluem febre, fadiga, cefaleia, mialgia e dor nos membros.
  2. Infecção com acometimento do SNC, em um número pequeno de casos, quando o poliovírus invade o SNC e a medula espinhal causando a poliomielite paralítica.


Transmissão

A transmissão do vírus se dá através da boca, quando em contato com material contaminado por fezes (contato fecal-oral), o que se torna crítico quando as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças mais novas, que ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença. 

O Poliovírus também pode ser disseminado por contaminação da água e de alimentos por fezes. A doença também pode ser transmitida pela forma oral-oral, através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar. O vírus se multiplica, inicialmente, nos locais por onde ele entra no organismo (boca, garganta e intestinos). Em seguida, ele entra na corrente sanguínea e pode chegar ao sistema nervoso, dependendo da pessoa infectada. Desenvolvendo ou não sintomas, o indivíduo infectado elimina o vírus nas fezes, que é transmitido a outras pessoas por via oral. A transmissão ocorre com mais frequência a partir de indivíduos sem sintomas.


Prevenção

A vacinação é a única maneira de proteger a população da doença. As principais estratégias da Organização Mundial da Saúde - OMS para erradicação global da pólio tem como base o uso da Vacina Bivalente Oral contra a Poliomielite (VOP), que contém os poliovírus do tipo 1 (P1) e 3 (P3). A escolha dessa vacina se deve à facilidade de administração, baixo custo e maior imunidade de mucosas, em comparação com a Vacina de Vírus Inativados (VIP). A vacina Poliomielite é indicada de rotina para todas as crianças menores de cinco anos. E, desde 2016, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adota a vacina VIP nas três primeiras doses do primeiro ano de vida e a VOP nos reforços (Quadro 1).


 

Diagnóstico

A confirmação do diagnóstico é feita a partir de amostra de fezes do paciente ou de seus contatos. Entretanto, exames complementares sempre são necessários para estudo do caso.

 

Sintomas

O período de incubação da doença varia de dois a 30 dias sendo, em geral, de sete a 12 dias. A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas ou nenhum. Quando presentes, os sintomas são parecidos com os de outras doenças virais como gripe (febre e dor de garganta) ou infecções gastrintestinais (náusea, vômito, dor abdominal, constipação intestinal ou "prisão de ventre" e, raramente, diarreia).
Cerca de 1% dos infectados pelo vírus desenvolve a forma paralítica da doença. Além dos sintomas semelhantes ao da poliomielite não-paralítica, essa forma da doença evolui para fortes dores musculares e flacidez nos membros, com maior incidência nos membros inferiores, e pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte.


Tratamento

A poliomielite não tem tratamento específico. Todas as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas e receber tratamento dos sintomas, de acordo com a manifestação clínica. 

A doença deve ser prevenida através da vacinação contra poliomielite e pela adoção de medidas sanitárias contra doenças transmitidas por contaminação fecal de água e alimentos. As más condições habitacionais, a higiene pessoal precária e o elevado número de crianças numa mesma habitação são fatores que favorecem a transmissão da Poliomielite. Logo, programas de saneamento básico são essenciais para a prevenção da doença.


RESPONSÁVEL

Silvana Maria de Barros Ricardo
CRM-MG: 18459
Infectologista e Coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar

 


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