Síndrome do olho seco  - REDE MATER DEI DE SAÚDE

Síndrome do olho seco 

A Síndrome do Olho Seco é uma doença de alta prevalência atualmente, com sintomas inespecíficos e variados. Trata-se de doença sem cura, mas cujo tratamento promove controle dos sintomas, alívio para o paciente e prevenção das complicações relacionadas. Trata-se de doença multifatorial, tendo vários fatores causais em sua gênese. Em todos os casos ocorre um desequilíbrio na produção da lágrima, com alteração na sua qualidade ou na quantidade produzida.

Uma das causas mais frequentes se relaciona ao uso abusivo e prolongado de computadores. A fixação visual faz com que o piscar se torne menos frequente, causando evaporação excessiva de lágrima para o ambiente e criando “ilhas” de ressecamento sobre a superfície ocular. 

Os sintomas são variados, sendo os mais frequentes a irritação ocular crônica, com olhos sempre vermelhos, sensação de areia nos olhos, embaçamento e cansaço visual, lacrimejamento (sintoma paradoxal), secreção mucosa aumentada e frequente. Estes sintomas classicamente pioram em épocas de clima muito seco, como o inverno, ou muito quente e úmido, como o verão, em virtude da perda de lágrima da superfície ocular para o ambiente por evaporação.

Olho Seco também pode se relacionar a doenças sistêmicas crônicas e autoimunes, tais como a artrite reumatóide e lúpus eritematoso sistêmico, podendo, inclusive, ser a manifestação inicial destas doenças. Também é sabido que algumas drogas comprometem a produção de lágrima, tais como os ansiolíticos, antidepressivos e até alguns grupos de anti-hipertensivos.

O tratamento envolve a prescrição de lágrimas artificiais de boa qualidade, cuidados ambientais (controle de umidade do ambiente, redução do uso de ar condicionado, redução/otimização do tempo de uso de computadores e afins), orientação alimentar (aumento da ingestão de alimentos ricos em Ômega 3, que melhoram a produção de lágrima), tratamento adequado das condições sistêmicas associadas. Este tratamento deve ser personalizado de acordo com o quadro patológico de cada paciente. O controle oftalmológico rigoroso e frequente é fundamental no controle da doença. 
 

RESPONSÁVEL:
Renata Rugani do Couto e Silva
Oftalmologista 
CRM-MG 27069