A convivência social e suas interações são necessárias para o desenvolvimento do ser humano e servem de base para que o homem se sustente emocionalmente na sociedade. A perda de interesse e o rompimento brusco de um indivíduo com sua vida social merecem atenção e podem ser sintomas de um transtorno psicológico.
A Síndrome do Pânico é um transtorno que se caracteriza, do ponto de vista psicológico, como um afeto de extrema angústia decorrente de um confronto súbito entre o ser humano e o seu desamparo estrutural diante de acontecimentos inevitáveis da vida. Os tratamentos variam de acordo com o estado do paciente, podendo contar com o uso de técnicas corporais, psicológicas e, dependendo do caso, de medicamentos.
No Transtorno de pânico, o paciente apresenta um ataque súbito de medo intenso de morrer, enlouquecer, perder o controle, dentre outros, sem motivo aparente ou concreto. “O indivíduo sofre diante da falta de garantias sobre o existir e sobre seu futuro, além da impossibilidade de evitar o inevitável”, explica a psicóloga da Rede Mater Dei de Saúde, Marisa Decat.
Segundo a especialista, os sinais clássicos da síndrome que podem levar ao diagnóstico são a palpitação, a sudorese, os tremores, a sensação de asfixia e o medo de enlouquecer. “O paciente apresenta, ainda, receio de sair de casa para trabalhar ou estudar, passando a restringir os espaços de sua vida”, afirma.
É válido ressaltar que cada época traz sintomas diferentes e reações distintas dos seres humanos em relação às dificuldades da vida e, consequentemente, influem nas ferramentas que sociedade oferece para ajudar no modo como o homem lidará com as circunstâncias. Portanto, não existem causas específicas para que o transtorno se manifeste, tendo em vista que ele pode acontecer de acordo com a história de cada indivíduo e de como estes aprenderam a lidar com sensações e situações complexas da vida.
RESPONSÁVEL:
Marisa Decat
Psicóloga
CRM-MP: 01389