A Campanha Outubro Rosa é um movimento internacional que alerta sobre o câncer de mama e a importância da detecção precoce da doença. Não só nesse mês, mas como durante todo o ano, é necessário estar atento às medidas de prevenção e conscientização da doença, cuja estimativa é de 60 mil novos casos para 2018, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
O câncer de mama não é uma doença única e que acomete da mesma maneira todas as mulheres. Existe uma relação entre o tumor e a paciente. Felizmente, avanços na área de medicina diagnóstica, por exemplo, possibilitam o diagnóstico cada vez mais eficaz e precoce, possibilitando o início mais rápido do tratamento, de forma que seja assertivo. Concomitantemente, a possibilidade de cirurgias com tecnologias modernas traz uma nova esperança, juntamente com o conceito que deve ser utilizado ao conduzir qualquer abordagem assistencial: a busca pela personalização de cada caso.
Do ponto de vista tecnológico, podemos ficar otimistas. Com a evolução dos tratamentos, hoje é possível realizar testes, a partir da identificação de proteínas presentes no próprio tumor, que direcionam o melhor tratamento que a mulher vai receber posteriormente. Ademais, as intervenções cirúrgicas, em constante evolução, proporcionam procedimentos menores, com menor impacto estético, menor morbidade e, com isso, maior qualidade de vida, seja na própria mama, seja na axila, que é parte integrante da abordagem cirúrgica do câncer.
A Radioterapia também é outra técnica importante para tratar a doença e evolui com o passar dos anos. Cada vez mais se torna mais dirigida, mais planejada, mais direcionada e com isso diminui os efeitos colaterais, principalmente o impacto que trazia no passado para órgãos importantes e vizinhos.
Outro aspecto positivo é a evolução do rastreamento. Hoje as mulheres têm acesso à mamografia a partir dos 40 anos ou, quando se trata de casos com risco maior de desenvolvimento da doença, existe um grande suporte tecnológico. Outros exames de imagem, como a ressonância magnética e o ultrassom podem ser de grande auxilio complementar no diagnóstico.
Atrelado a isso, é fundamental o acompanhamento multidisciplinar. Não se pode conduzir uma abordagem clínica por um único profissional, é necessária a presença de toda a equipe, que auxilia muito nesse entendimento individualizado da doença. Na Rede Mater Dei de Saúde, por exemplo, possuímos, desde 1986, o Serviço de Mastologia. Toda terça-feira, às 7h, a equipe se reúne para discutir cada caso de forma individualizada.
Por meio desse serviço, é disponibilizado às pacientes atendimento completo com consultas, exames de imagem como mamografia com tomossíntese, ressonância magnética, ultrassom, com a agilidade que a mulher precisa e quer. Tudo isso junto com a estrutura do Hospital Integrado do Câncer Mater Dei - um modelo que acolhe os pacientes em um momento delicado e disponibiliza os melhores profissionais, com a melhor estrutura e tecnologia de ponta. São mais de 50 especialidades médicas, Medicina Diagnóstica com PET-CT, Transplante de Medula Óssea, Centro Cirúrgico com Cirurgia Robótica, Unidades de Internação e o único Pronto-socorro Oncológico de Minas Gerais.
Acredito que, hoje, o caminho é buscar tratamento que seja efetivamente direcionado e, dessa forma, personalizar cada caso, tendo como suporte a mais moderna tecnologia e alto conhecimento técnico, nessa constante busca pelo melhor desfecho assistencial da luta contra a doença.
Henrique Moraes Salvador Silva
Presidente da Rede Mater Dei de Saúde e coordenador do Serviço de Mastologia
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