Em 1º de agosto é celebrado o Dia Mundial da Amamentação, data que lembra a necessidade de amamentação dos recém-nascidos e também a importância da criação de bancos de leite. Mesmo os médicos indicando que o aleitamento materno deve ser o único alimento nos primeiros seis meses de vida, pouco mais de um terço das crianças do planeta recebe exclusivamente essa alimentação.
Os dados mais atualizados são de 2017, onde um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apontou que, em todo o mundo, somente 40% das crianças são alimentadas exclusivamente com o leite materno no primeiro semestre de vida. No Brasil essa taxa é um pouco menor, atingindo 38,6%.
A amamentação é crucial não apenas para saúde do bebê, por estar ingerindo diversos nutrientes e anticorpos, mas também para a saúde da mãe, que pode se beneficiar muito do ato. "A mãe que amamenta o bebê na primeira hora de vida diminui a chance do recém-nascido apresentar uma hipoglicemia, por exemplo; e a mãe se beneficia, porque o útero dela tende a se contrair mais rapidamente após o nascimento do bebê devido a um estímulo hormonal desencadeado pela amamentação, diminuindo sangramento e melhorando a situação clínica pós-parto", conta o pediatra e coordenador do Serviço de Neonatologia da Rede Mater Dei de Saúde, Paulo Poggiali.
É indicado que até os seis meses de vida o bebê consuma apenas o leite materno, e só após esse período que outros alimentos sejam inseridos na dieta.
Sabendo da importância do aleitamento materno, foram implantados nos hospitais da Rede Mater Dei indicadores de qualidade, que auxiliam médicos no acompanhamento e ajudam mães e bebês no desenvolvimento.
Um deles é a chamada Taxa de Aleitamento na Primeira Hora de Vida, em que, ainda na sala de parto, o recém-nascido é entregue a mãe logo após o nascimento para que ele possa mamar e já estabelecer o vínculo mãe-filho adequado no primeiro momento possível. Outro indicador muito importante é a Taxa de Aleitamento Materno no 5º dia de vida, verificado no Ambulatório de Egressos, um espaço para acompanhar a saúde do bebê e checar o aleitamento materno, com respostas às dúvidas da mãe e possíveis dificuldades na amamentação.
"É fundamental que o bebê tenha a oportunidade do aleitamento materno nos primeiros seis meses de vida, o que lhe proporciona diversos benefícios. Por menor que seja o volume de leite produzido, anticorpos estão sendo transferidos, a interação mãe-bebê está acontecendo e favorecendo a estruturação psíquica do recém-nascido. Além disso, independente da quantidade de leite, a sucção no seio materno ajuda no desenvolvimento normal dos ossos da face, no crescimento da mandíbula, na conformação adequada da arcada dentária posição futura da arcada dentária e do “céu da boca”, explica o médico.
O acompanhamento médico também é fundamental para assegurar a saúde do bebê e da mãe, por isso a Rede Mater Dei disponibiliza atendimentos de urgência e emergência em todos os prontos-socorros e também consultas agendadas no Mais Saúde Mater Dei e no Mater Dei Betim-Contagem.
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