Sempre na vanguarda e buscando os melhores recursos tecnológicos e a melhor equipe técnica, a Rede Mater Dei de Saúde se destaca em seu compromisso em oferecer o melhor e mais moderno atendimento para seus pacientes. Reflexo dessa filosofia de trabalho pode ser percebido no pioneirismo da Rede ao realizar procedimentos cirúrgicos de alta complexidade.
A Rede realizou a primeira cirurgia fetal de Minas Gerais em 2018. O procedimento, que é capaz de corrigir malformações graves antes mesmo do nascimento da criança, foi realizado no dia 23 de abril, no Mater Dei Santo Agostinho, em Vitória de Souza, filha de Angélica Nascimento. Durante a gravidez foi identificada uma malformação na coluna vertebral do bebê. “Estava na 23ª semana de gestação. Fui ao hospital para realizar um exame morfológico e durante a avaliação recebi a notícia. Foi um susto enorme”, conta Angélica.
Para vir ao mundo com saúde, a criança teria que passar por uma cirurgia para corrigir a malformação congênita da coluna vertebral, conhecida popularmente como espinha bífida. O procedimento aconteceu quando ela ainda estava dentro do útero da mãe, no sexto mês de gravidez, graças à medicina fetal. “A Rede Mater Dei de Saúde está preparada e estruturada para fazer todas as cirurgias fetais disponíveis. Nosso objetivo é fazer com que nossos pacientes estejam próximos de suas famílias nesses momentos de grande desafi o e angústia”, explica o coordenador do serviço de Medicina e Cirurgia Fetal, Carlos Henrique Mascarenhas Silva, médico responsável pelo procedimento. Além do ginecologista também participaram da cirurgia Cláudia Lourdes Soares Laranjeira, Luiza Meelhuysen e Marianne Alice, médicos da equipe de Ginecologia e Obstetrícia da Rede, Marcelo Duarte Vilela e Hugo Abi-saber Rodrigues Pedroso, neurocirurgiões do Mater Dei e Marden Fernando Miranda Ramos, anestesiologista do nosso Corpo Clínico. “Como tudo que fazemos, o resultado de nosso trabalho só será relevante e adequado se trouxer junto muito calor humano, muito carinho e atenção permanente, com as mães e os pais envolvidos nestas cirurgias”, explica Carlos Henrique.
A técnica da cirurgia fetal pode salvar vidas, além de melhorar a qualidade de vida das crianças, já que é capaz de evitar problemas de desenvolvimento do bebê, como nos casos de hidrocefalia, transtornos respiratórios e locomoção. Para que seja bem-sucedida, a cirurgia fetal intrauterina deve ser realizada entre a 22ª e 26ª semana de gestação. “O pré-natal é fundamental, porque através dele podemos fazer os exames de rastreamento fetal e identificar o risco de doenças maternas ou fetal. Sempre orientamos as mães a realizarem o ultrassom precocemente para confirmação da idade gestacional e depois outra ultrassonografia morfológica entre a 12ª e 14ª semana de gestação. Nesse período já podemos avaliar a anatomia na criança e orientar o casal adequadamente”, afirma o médico.
No caso de Angélica Nascimento o tempo para realização da cirurgia era curto, mas ela estava confiante de um bom resultado. “Fiz a operação com 23 semanas e entrei em trabalho de parto espontâneo apenas com 36 semanas e cinco dias de gestação e, por isso, a Vitória nasceu sem nenhuma sequela”, conta Angélica.
Após o nascimento, as crianças que realizaram o procedimento devem ter um suporte de terapia ocupacional e fisioterapêutico para desenvolverem as habilidades motoras e cognitivas até quando atingirem o nível adequado de desenvolvimento normal. Além do tratamento dos defeitos da coluna, o Serviço de Cirurgia Fetal da Rede Mater Dei de Saúde já realizou cirurgia por Fetoscopia para tratar distúrbios de circulação sanguínea em gestações gemelares (transfusão feto-fetal) e está capacitado a realizar qualquer um dos tratamentos intra-útero disponíveis para os fetos que precisam de cuidados nesta época da vida, buscando oferecer a eles a melhor condição de saúde ao nascer.
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