Um a cada 100 bebês nascidos vivos pode ter a má formação
Cansaço para mamar, suor na cabeça, pele fria e pegajosa, tom azulado em torno dos lábios e baixo ganho de peso são alguns sintomas de cardiopatia congênita em bebês. Nas crianças maiores, palpitação, dor no peito, cansaço para brincar, palidez e desmaio podem sinalizar a patologia.
São chamadas de cardiopatia congênita qualquer anormalidade anatômica ou funcional do coração que surge no período fetal, enquanto o coração está sendo formado. “A incidência é de um caso para 100 bebês nascidos vivos. Nas crianças com Síndrome de Down, esse número é oito vezes maior. O sopro pode estar presente em todas as faixas etárias, mas é importante enfatizar que metade das crianças que têm sopro não tem cardiopatia congênita”, explica a médica Marina Pinheiro Rocha Fantini, coordenadora da cardiologia pediátrica da Rede.
As consequências são diversas e heterogêneas, dependem do tipo de má formação. Quando não é corrigida, pode evoluir para dilatação e fraqueza do coração, arritmias cardíacas e problemas pulmonares irreversíveis.
Diagnóstico intrauterino
É sabido que o diagnóstico precoce auxilia no tratamento das doenças, de um modo geral. Com a cardiopatia congênita não é diferente.
O Ecocardiograma fetal, disponibilizado no Mater Dei Santo Agostinho, pode indicar a má formação com o bebê ainda no útero. “É importante pois existem algumas indicações para começar o tratamento ainda nesse período ou, caso seja necessário realizar o procedimento cirúrgico, deixar equipes e infraestrutura preparadas para a operação já nos primeiros dias de vida”, explica a médica Lilian Zardini, cardiologista pediátrica e ecocardiografista pediátrica e fetal da Rede.
Para a preparação procedimento, a médica reforça que o planejamento durante o parto é importante. “Com o diagnóstico prévio, já é orientado à mãe a escolha de um hospital que ofereça a estrutura para a cirurgia logo nos primeiros dias, evitando o transporte do recém-nascido. Também diminui o tempo entre a internação e a cirurgia e diminui a mortalidade no pós-operatório”, explica.
Além do Ecocardiograma fetal, a Rede conta com completo parque tecnológico que podem ser utilizados no diagnóstico da cardiopatia congênita. São aparelhos de medicina diagnóstica com alta tecnologia, baixa resolução e grande nitidez de imagens:
- Ecocardiograma fetal
- Ecocardiograma transtorácio e em breve, ecocardiograma transesofágico
- Cateterismo cardíaco para diagnóstico e tratamento
- RNM (Ressonância Nuclear Magnética) cardíaca para todas as idades
- Holter
- Teste Ergométrico Infantil
- Teste de Esforço Cardiopulmonar Infantil (Ergoespirometria)
- Angio Tomografia
- Estudo Eletrofisiológico
Além dos exames, a Rede oferece:
- Por meio do Mais Saúde Mater Dei, a Rede oferece atendimento ambulatorial de cardiologia, direcionado para pacientes portadores de cardiopatias congênitas e adquiridas, pacientes em período pré e pós-operatório, risco cirúrgico, avaliação para prática esportiva, reabilitação cardíaca;
- Bloco cirúrgico e CTI pediátrico montados com os equipamentos mais modernos e seguros;
- Equipe multidisciplinar especializada composta por cirurgião cardíaco, anestesista, cardiologista pediátrico, intensivista, ecocardiografista e hemodinamicista;
- Maternidade quaternária: obstetra especializado, cardiologista pediátrico na sala de parto, vaga reservada em CTI pediátrico, diagnóstico pós-natal confirmado em menos de 1 hora após o parto.
- Destaca-se, ainda, que só Rede Mater Dei de Saúde oferece uma moderna Sala Híbrida em que é possível realizar procedimentos cirúrgicos e percutâneos ao mesmo tempo.
RESPONSÁVEL:
Liliam Rocha Zardini
CRM: 45476
Cardiologista pediátrica e ecocardiografista pediátrica e fetal da Rede Mater Dei de Saúde
Publicado em: 12/06/2018
Este post é sobre Cuidados com o bebê