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Novas tecnologias: o uso a favor da Reprodução Humana Assistida

Estamos passando por uma revolução tecnológica. É possível ver isso dentro das nossas casas, no trabalho, nas escolas, e com a medicina reprodutiva não é diferente. Equipamentos e técnicas vêm surgindo para que, cada dia mais, aumente as chances das pessoas terem um filho.
 
Técnicas como diagnóstico pré-implantacional (PGS/PGD) tem sido muito usadas e são de grande valia. Essa técnica tem o objetivo de transferir embriões que não apresentem anomalias cromossômicas ou genéticas.  Os embriões, em certo estágio de desenvolvimento, são submetidos à retirada de uma ou mais células que são enviadas para análise genética. A análise dos 24 cromossomos oferece ao casal a tranquilidade de ter um bebê livre de qualquer alteração.
 
Um ambiente favorável para o desenvolvimento do embrião é também de suma importância para obtenção de bons resultados. Com isso surgiram as incubadoras trigas (três gases). Nelas, os gases são controlados eletronicamente, equilibrando a quantidade de CO2, O2 e N2. Diferente das incubadoras que já estão no mercado há anos, que usam O2 disponível no ar atmosférico, a trigás controla a quantidade de O2 e, com isso, há uma melhora na qualidade dos embriões, diminuindo o stress celular causado pelo desenvolvimento no laboratório.
 
O assisted hatching, ou eclosão assistida, certamente é a tecnologia mais utilizada dentro da rotina do laboratório. É um laser acoplado ao micromanipulador utilizado para “abrir” a zona pelúcida do embrião, facilitando a saída e a implantação do mesmo no útero. É usado também para fazer a abertura da zona pelúcida (“casca” do embrião) e retirar a célula que será analisada pelo diagnóstico pré-implantacional.
 
As tecnologias não são voltadas somente para melhoramento de óvulos e embriões. Existem, também, técnicas de seleção espermáticas muito eficazes. Uma das mais recentes é a PICSI, que é uma seleção que ocorre entre os espermatozóides que se ligam (in vitro) a um “componente especial”, também presente na camada externa do óvulo. Por meio de pesquisas recentes foi demonstrado que os espermatozóides selecionados pela PICSI são maduros, possuem menos danos ao DNA e são sujeitos a menos aneuploidias (doenças genéticas) que os espermatozóides selecionados pela ICSI Convencional.  A PICSI (seleção pela ligação da cabeça do espermatozóide funcionalmente competente no óvulo) simula uma barreira natural, um importante passo seletivo na fertilização.
 
Muitas vezes, o processo de superestimulação ovariana hormonalmente controlada produz uma quantidade excedente tanto de óvulos quanto de embriões. Com isso, tornou-se necessário o aperfeiçoamento dos métodos de congelamento, também chamados de criopreservação. Os métodos de criopreservação podem ser divididos em lentos e rápidos. Entre os rápidos está a técnica de vitrificação, uma evolução dentro desse processo. Com esta técnica, o congelamento de óvulo deixou de ser uma técnica experimental e vêm apresentando uma melhora significativa nos resultados, o que aconteceu também com o congelamento embrionário, principalmente, no estágio de blastocisto. Há uma tendência científica demonstrando que as taxas de gravidez de embriões descongelados têm superado, até mesmo, as taxas de embriões a fresco. São contribuições que muito auxiliam nos programas de preservação da fertilidade.
 
A mais recente inovação incorporada aos laboratórios de Reprodução Humana é o TIME-LAPSE. Este novo sistema permite a observação contínua dos embriões dentro das incubadoras. Uma câmera grava as imagens do embrião em intervalos pequenos e um programa de computador diz ao embriologista os tempos exatos da divisão, bem como a presença de multinucleação ou fragmentação. Isso facilita o trabalho do embriologista, diminui o impacto de variação de temperatura e umidade, ao retirar com menos frequência o embrião da incubadora, e permite uma melhor avaliação morfológica e seleção para definir qual (is) embrião(s) transferir para o útero. Isso poderia proporcionar uma melhora nas taxas de sucesso do tratamento ou permitir uma pesquisa mais detalhada sobre alterações no desenvolvimento embrionário.
 
O Laboratório de Fertilização In Vitro do Centro de Reprodução Humana Mater Dei está apto a oferecer ao casal todo esse suporte tecnológico com garantia de segurança e qualidade.
 

RESPONSÁVEL:
Moísa L. Pedrosa
Bióloga e Embriologista do Centro de Reprodução Humana da Rede Mater Dei de Saúde


Publicado em: 22/02/2016

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