Dia 09 de março é comemorado o Dia Mundial do Rim. No Brasil, a campanha promovida pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) alerta para “Doença Renal e Obesidade. Estilo de vida saudável para rins saudáveis”, chamando a atenção para os riscos da obesidade, uma das principais causadoras da Doença Renal Crônica.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que, atualmente, a obesidade está entre os maiores problemas de saúde pública no mundo. Se ações não forem feitas para alterar esse quadro, a estimativa da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) é que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso e mais de 700 milhões estejam obesos.
A Doença Renal Crônica, também cada vez mais conhecida como grande problema de saúde pois atinge 10% da população mundial, consiste na lesão renal com perda progressiva e irreversível da função dos rins, que pode acontecer de forma rápida ou lenta. Geralmente, não apresenta sinais ou sintomas aparentes, e este é o maior problema. Ao ser descoberta, o estado já está avançado, na maioria dos casos, o que leva à necessidade da indicação de hemodiálise ou, até mesmo, de um transplante renal. Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de receber um tratamento eficaz.
Segundo dados da SBN, aproximadamente 70% dos pacientes que se encontram em hemodiálise só descobriram a doença quando já estavam com o problema avançado. Por isso, a importância de alertar sobre o grupo de risco para Doença Renal Crônica. No caso de pessoas com obesidade, os rins precisam trabalhar mais, filtrando mais sangue do que o normal para suprir as exigências metabólicas do aumento do peso corporal, aumentando o risco de desenvolver doença renal a longo prazo.
Os portadores da Doença Renal Crônica também são mais susceptíveis às doenças cardiovasculares por apresentarem fatores de risco tradicionais (tabagismo, diabetes mellitus, dislipidemia e hipertensão arterial) e os chamados fatores de risco não tradicionais, decorrentes da doença (anemia, estresse oxidativo, perda de proteína na urina e aumento das glândulas paratireoides), por esses motivos, cuidados constantes com saúde e acompanhamentos médicos se fazem necessários.
Há 15 anos, a Rede Mater Dei de Saúde realiza o Transplante Renal e, desde então, investe no tratamento de Hemodiálise. Em 2016, a Rede inaugurou uma nova Unidade do Serviço no Mater Dei Contorno com instalações modernas e mais humanizadas, numa estrutura dentro dos padrões internacionais dos melhores serviços e de acordo com as mais recentes exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde. O tratamento é indicado para pacientes com insuficiência renal aguda e crônica. Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia apontam que no Brasil existem 312 unidades de hemodiálise com 120.000 pacientes com insuficiência renal crônica, ou seja, 180 pacientes por milhão de habitantes.
Além disso, há 21 anos, a Rede Mater Dei de Saúde realiza cirurgias para tratamento de obesidade, sedo que a intervenção para redução do estômago que pode ser realizada por meio de diferentes técnicas.
Euler Pace Lasmar
CRM-MG: 4900
Coordenador do Serviço de Hemodiálise e Transplante Renal da Rede Mater Dei de Saúde
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