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Setembro é mês de conscientização e prevenção do câncer infantojuvenil


O Hospital Integrado do Câncer Mater Dei se dedica ao máximo para o diagnóstico, tratamento e estrutura completa em Oncologia Pediátrica

O Setembro Dourado é uma iniciativa da Confederação Nacional das Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer – Coniacc e foi criada para chamar a atenção para os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil e a importância do diagnóstico precoce. Estudo do Inca revela que o câncer já representa a primeira causa de morte (7% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, no Brasil, e estima que cerca de 12.600 casos novos de câncer em crianças e adolescentes ocorram por ano, em 2016 e em 2017.

O câncer infantil é definido como qualquer neoplasia maligna diagnosticada em indivíduos até 19 anos de idade. Apesar dos índices preocupantes, o coordenador do Hospital Integrado do Câncer Mater Dei - HIC, Enaldo Lima, alerta que se diagnosticado precocemente e tratado em centro especializado, o índice de cura pode chegar a 85%.“Todos os tipos de tumores pediátricos podem, portanto, ser adequadamente diagnosticados e tratados. Há ainda, reuniões multidisciplinares semanais, com possibilidade de discussão dos casos mais complexos”, conta o médico.

Sinais e sintomas
O oncologista pediátrico do HIC, Eduardo Ribeiro Lima, explica que “os sinais e sintomas do câncer infantil são inespecíficos”. Eles são muito semelhantes à maioria das doenças comuns da infância. Daí a importância da atenção de pais e responsáveis, cuidadores, pediatras e médicos quando estes sintomas não melhoram com o tratamento habitual. Em geral, queixas de caráter persistente devem ser investigadas, como: palidez, manchas roxas no corpo, perda de apetite, aumento dos linfonodos (popularmente chamados de ínguas), dor de cabeça persistente (associada a outros sinais como vômitos, tonteira, dificuldade para deambular, perda de força de membros, por exemplo), febre, sangramento, nódulos ou massas propriamente ditas (crescimento do abdome e surgimento de nódulos no pescoço ou virilha). “Quanto mais precoce for feito o diagnóstico, menor a chance de cânceres avançados, o que proporciona redução da intensidade do tratamento e maior chance de cura”, reforça o oncologista pediátrico.

Tratamento
A Rede Mater Dei de Saúde recebe cerca de 20 novos casos de câncer desse tipo, por ano, e registra índice de cura em torno dos 80%. (ainda é este índice?) O HIC oferece assistência em Oncopediatria, Onco-hematologia, Oncogenética, Cirurgia Oncológica Pediátrica, Cardio-oncologia, Clínica de Dor, Radioterapia, Radiologia Intervencionista, Unidade de Transplante de Medula Óssea, único Pronto-socorro oncológico de Minas Gerais, Pronto-socorro pediátrico 24h, Internação Pediátrica e equipe multidisciplinar capacitada (enfermagem, nutrição, farmácia clínica, psicologia, odontologia, etc). Além disso, o HIC tem o suporte do Mater Dei Medicina Diagnóstica para a realização de todos os exames necessário com a mais alta tecnologia, 52 boxes individualizados de quimioterapia, UTI e CTI Pediátrica e um completo e moderno parque tecnológico radiológico e laboratorial, que inclui o PET-CT. “O exame PET-CT oncológico agregou para os tumores malignos infantis uma precisão maior no diagnóstico, avaliação da extensão, tratamento e seguimento, após tratamentos, além de contribuir para o tratamento de diversos tumores pediátricos como os linfomas e sarcomas, com adequada individualização de tratamento e minimização dos efeitos tóxicos no processo", disse o médico Enaldo Lima.

O oncopediatra Eduardo Ribeiro conta que as crianças toleram bem o tratamento, apesar de toxicidades diversas. “É necessária uma estrutura multidisciplinar para lhes oferecer o suporte adequado, sempre que este for necessário, por isso é tão importante que as terapias sejam realizadas em centros especializados e de alta complexidade. Diversas pesquisas científicas são constantemente realizadas para buscar melhorias nos índices de sobrevida dos pacientes e, paralelamente, reduzir a toxidade e as possíveis sequelas do câncer infantojuvenil e de seu tratamento. Atualmente, além das modalidades terapêuticas clássicas, como cirurgia, radioterapia e quimioterapia, que constantemente são aprimoradas, novas modalidades vem sendo introduzidas, com especial atenção à imunoterapia”.

O câncer mais comum
As leucemias, são os canceres mais comuns em crianças e atinge com mais frequência a faixa etária de 2 aos 5 anos de idade. Em seguida, os cânceres do sistema nervoso central e os Linfomas não-Hodgkin.

De acordo com o hematologista do HIC, Thiago Haikal,a leucemia aguda, doença originada na medula óssea, é o câncer infantil mais frequente e temido. “Os glóbulos brancos (leucócitos) são células acometidas e se reproduzem de forma descontrolada, gerando os sinais e sintomas da doença. As leucemias se dividem nas categorias mieloide (podendo ser o granulócito, o eosinófilo, o basófilo, o monócito ou o eritrócito) e linfoide (linfócito é a célula doente), de acordo com a célula envolvida”, explica o hematologista. O médico acrescenta que “há, ainda, uma classificação de acordo com a velocidade de divisão dessas células: leucemia crônica (divisão lenta) e leucemia aguda (divisão acelerada). As leucemias crônicas se desenvolvem lentamente e as células envolvidas são mais parecidas com a célula normal (mais diferenciadas), permitindo que mesmo doentes mantenham algumas de suas funções normais.. Já as leucemias agudas são de progressão rápida e afeta células jovens, ainda não completamente formadas (blastos), que não preservam suas funções e afetam de forma importante a capacidade de defesa do organismo”.

Sobre os linfomas, Thiago explica que são neoplasias malignas que atingem órgãos e estruturas do sistema linfático, fundamental na manutenção da defesa organismo contra infecções. “Na maioria das vezes, os linfomas se originam dos linfonodos ou gânglios linfáticos, mas eventualmente podem acometer outros órgãos, como baço, fígado, medula óssea, estômago, intestino, cérebro, pele, entre outros. De uma forma bem ampla, pode-se classificar a doença em duas categorias: os linfomas de Hodgkin e os linfomas não-Hodgkin. Cada categoria abrange inúmeros outros subtipos, mais específicos ainda, com comportamentos biológicos e prognósticos diferentes”. O linfoma de Hodgkin pode atingir crianças e adultos, mas é mais comum em dois grupos: jovens adultos (dos 15 aos 40 anos, geralmente dos 25 aos 30 anos) e pessoas acima dos 55 anos. “É raro antes dos 5 anos de idade, mas entre 10% e 15% dos casos ocorrem em adolescentes e crianças com menos de 16 anos”, conta o médico.

O Inca estima, para este ano no Brasil,10.070 novos casos de leucemia, 2.470 novos casos de Linfoma de Hodgkin e 10.240 novos casos de Linfoma não-Hodgkin.


RESPONSÁVEL:
Enaldo Lima
Oncologista e Coordenador do Hospítal Integrado do Câncer Mater Dei
CRM-MG: 
2613
 


Publicado em: 16/09/2016

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Este post é sobre Doenças infantis

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