A insônia, dificuldade para iniciar o sono ou manter-se dormindo, é considerada para os médicos sintoma, e não uma doença. Dividida em duas fases, a insônia pode ser do trato crônico ou agudo. Estima-se que cerca de 50% das pessoas têm ou vão ter insônia, podendo ser desencadeada por algum evento de importância que tenha marcado a vida do indivíduo. Se esse processo perdurar por mais tempo, a insônia pode se tornar um sintoma crônico.
“Os fatores que perpetuam a insônia são normalmente relacionados com os maus hábitos da pessoa em relação ao sono”, afirma a pneumologista e Coordenadora do Laboratório do Sono do Hospital Mater Dei, Regina Magalhães.
Algumas medidas chamadas de “higiene do sono” são usadas por especialistas para orientar o paciente na hora de dormir:
- Ter colchão e travesseiros confortáveis;
- Temperatura adequada no ambiente;
- Ausência de barulho ou ruídos no local;
- Ausência de luminosidade;
- Não fazer refeições pesadas no jantar;
- Evitar produtos cafeinados;
- Evitar cigarro e bebidas alcoólicas.
“A função do sono é restaurar a pessoa do ponto de vista mental e físico e, se a pessoa não dorme bem, vai ter um prejuízo dessa restauração”, relata Regina. Para adultos, são indicadas de 6 a 8 horas de sono diárias. Já adolescentes podem dormir mais, cerca de 10 horas. A insônia pode gerar sintomas que causam dificuldade de atenção, memória, cansaço, fadiga e sonolência.
O diagnóstico da insônia é clínico, dado através de médico especialista. “O exame polissonográfico é feito para os pacientes mais complexos, de difícil tratamento, e também para aqueles em que há suspeita de algum outro distúrbio do sono associado à insônia”, explica a médica.
Pessoas que não conseguem dormir o mínimo de horas necessárias por noite, além de terem seu rendimento reduzido, podem “levar ao descontrole de várias doenças da esfera neurológica, endocrinológica, respiratória e cardiovascular”, afirma a pneumologista. Dormir bem auxilia na manutenção do equilíbrio do organismo, pois permite a execução de funções metabólicas que só ocorrem durante o sono.
A pneumologista relata que um paciente com insônia não precisa, necessariamente, tratar seu problema com remédios. “É preciso entender o fator desencadeante e tentar revertê-lo. Além disso, é preciso orientar a pessoa para evitar os maus hábitos contra o sono”, completa. De acordo com o diagnóstico de cada paciente, o tratamento indicado irá depender dos fatores desencadeantes, perpetuantes, e do tempo de duração da insônia.
RESPONSÁVEL:
Regina Magalhães Lopes
Pneumologista
CRM-MG: 27595