Mielomeningocele  - REDE MATER DEI DE SAÚDE

Mielomeningocele 

A mielomeningocele é um tipo de má formação do feto que ocorre em 1 em cada 1000 nascimentos. O neurocirurgião Antônio Lara, da equipe do Hospital Mater Dei, esclarece quais são as causas dessa falha e como é possível revertê-la.
 
Segundo Antônio, mielomeningocele é o nome dado a uma falha no fechamento do tubo neural – estrutura que origina a medula e o cérebro no embrião. Essa falha faz com que a medula, as raízes nervosas e as meninges do bebê fiquem expostas. 
 
Na maioria dos casos, a mielomeningocele vem acompanhada de outras patologias, sendo as mais frequentes a hidrocefalia, o pé torto congênito e a malformação de Chiari. A doença pode levar a criança a ter déficit de aprendizado, dificuldade ou mesmo impossibilidade de caminhar e incontinência urinária. Portanto, é necessário um acompanhamento permanente por uma equipe multidisciplinar.
 
Dentre as causas dessa má formação, o neurocirurgião destaca a saúde da mãe. “A deficiência do ácido fólico é um fator importante para o desenvolvimento da mielomeningocele. Também podem ser associados a obesidade, a diabetes, o uso de medicação e a história familiar: a chance de ocorrência é maior se já houver outro caso na família”, explica.
 
A mielomeningocele pode ser diagnosticada durante a gestação, pela combinação de exames laboratoriais e ultrassom diagnóstico. Na dúvida do diagnóstico ou para melhor análise, pode ser feito estudo por ressonância magnética fetal. O detecção precoce do problema é fundamental, já que a cirurgia para reverter o quadro deve ser feita o mais precocemente possível, para evitar complicações como a meningite.
 
“No nosso serviço, a gestante é acompanhada desde o diagnóstico realizado pelo obstetra. O parto é programado, sendo indicada a cesariana por volta da 38º semana, e a equipe de neurocirurgia acompanha o nascimento para prestar os primeiros cuidados ao recém-nascido”, explica o médico. “Logo após o parto, o bebê é encaminhado imediatamente para a sala de cirurgia”. Todo esse cuidado se deve ao fato de que o índice de mortalidade de bebês com mielomeningocele que não são operados é bastante alto. 
 
Segundo Antônio, existe também a possibilidade de tratamento intraútero, cuja indicação ainda necessita de maior definição. “Apesar de oferecer proteção precoce do tecido nervoso e reduzir a incidência de hidrocefalia e malformação de Chiari, esse tipo de tratamento também oferece alto risco de parto e aumenta os riscos de complicações cirúrgicas para a mãe nesta e em uma próxima gravidez , esclarece.

 
RESPONSÁVEL:
Antônio Moura Diniz Lara
Neurocirurgia
CRM-MG: 19629
 

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