Lições aprendidas - Dr. José Salvador Silva - REDE MATER DEI DE SAÚDE
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13 lições que o Hospital Mater Dei, nossos pacientes e nossos funcionários me ensinaram

Confira o texto escrito por José Salvador Silva, fundador do Hospital e presidente do Conselho de Administração da Rede Mater Dei de Saúde. O texto foi veiculado na Revista Matéria Prima, de Janeiro de 2018 (Número 97 | Ano IX).

"Quero confessar a minha grande emoção, em 17 de outubro do ano passado, ao ser agraciado com a comenda da Ordem de Mérito Empresarial Juscelino Kubistchek, a maior condecoração concedida pela Associação Comercial de Minas. Em minha fala de agradecimento, entre outros temas, enumerei os principais ensinamentos que a vida me proporcionou ao longo dos quase 40 anos como fundador do Hospital Mater Dei.

São os seguintes:
1º - Produtividade, inovação e superação são estímulos para o sucesso.

2º - Histórias de sucesso inspiram e estimulam. Histórias de fracasso ensinam.

3º - Nenhuma empresa deve ser somente um local de trabalho insensível, frio, mas uma extensão social, cultural e familiar. Deve ser um veículo para estimular seus participantes a evoluírem, crescerem e se realizarem como seres humanos. Uma empresa não é somente o prédio que abriga sua sede, sua logomarca, seu patrimônio tangível, sua tradição ou ações na Bolsa. Empresa modelo é também e, principalmente, um conjunto de pessoas, desejos, ideais, sonhos e metas. Crendo e praticando isso, criaremos um ambiente saudável, agradável, alegre estimulante e sustentável.

4º - A época mais perigosa e temerária de uma empresa é quando estamos acomodados e impassíveis, em consequência ou diante de viver uma boa situação financeira.

5º - A empresa que vai bem e tem bons resultados, sendo duradoura, é aquela que suspeita que poderia ir mal. É a que percebe que corre riscos diante da acomodação e busca melhorias contínuas para evitar a decadência e o fracasso.

6º - Charles Darwin descobriu, comprovou e sentenciou: “não é o mais forte da espécie que sobrevive, nem o mais inteligente, mas, sobretudo, aquele mais flexível que responde melhor e se adapta melhor às mudanças. Repito: o mais flexível é o que sobrevive. Este conceito é atual, verdadeiro, válido também para as empresas.

7º - Se os líderes das organizações errarem ou fracassarem ao recrutar novos e bons profissionais, nenhuma estratégia, nem com a ajuda dos melhores consultores, poderá salvar a empresa da mediocridade e derrocada final. Ao contratar alguém, busque competência, integridade, inteligência, lealdade, energia, atitude, ética e paixão. Contrate valores, depois treine habilidades.

8º - Acrescente a tua sabedoria ao teu projeto de vida, que inclui uma semente de idealismo, sonho e um pouco de “loucura”. É necessário estar atento para compartilhar, nas empresas, nossos sonhos, metas, vitórias, mas também nossas falhas e fracassos. Segundo Luciano de Crescenso, “somos todos anjos com uma só asa e somente poderemos voar quando abraçados uns aos outros”. É nas crises, ameaças e dificuldades que estas máximas se tornam mais necessárias e carentes.

9º - A gestão profissional não é problema impossível de se solucionar. Podemos buscar e encontraremos certamente competência no mercado e nos head hunters. Entretanto, embora demorado, difícil e trabalhoso, é muito importante descobrir, formar e desenvolver novos talentos, lideranças e competências dentro das próprias empresas e famílias.

10º - Todos os pais enviam seus filhos para as escolas. Todos. Mas poucos ensinam seus filhos a trabalhar. Minha esposa Norma e eu pertencemos a essa minoria.

11º - No Mater Dei, a sucessão da primeira para a segunda geração foi feita de maneira previsível, preventiva, programada, harmônica e ética, a partir de aprendizado e longa convivência entre mim – que sou o fundador- e os nossos três filhos que fizeram a opção livre e espontânea de atuar no Mater Dei: Henrique, Maria Norma e Márcia e que assumiram posteriormente a direção no dia 30 de abril de 2012. Parabenizo a todos eles pela competência, atitude, integridade, ética, dedicação, trabalho e sucesso comprovados neste período. Ouso afirmar que, dificilmente outros desenvolveriam melhor trabalho. Neste momento é necessário relembrar uma dramática estatística: somente 10% de todas as empresas, principalmente as familiares, sobrevivem à terceira geração; 90% destas entram em declínio, fracassam, entram em falência, desaparecem. Esta estatística, repito, é dramática, verdadeira, comovente e dolorosa.

12º - Nosso processo sucessório para a terceira geração foi realizada com o auxílio da Fundação Dom Cabral e da professora Elismar Álvares, indicada na época pelo prof. Emerson de Almeida, então presidente da FDC. Feito no momento certo e com o devido registro em cartório em 1998 é exemplo de planejamento adequado, com êxito e serve como atestado de que o desejável e o necessário é também possível de ser realizado e com novas estratégias. Nosso neto José Henrique, filho do Henrique e Nora, que atua com muito sucesso e competência como diretor operacional na Unidade Contorno, fez MBA na Universidade de Columbia, em Nova York durante dois anos. Felipe, filho da Maria Norma e Afonso; Renata, filha do Renato e Tânia, fazem, atualmente MBA, respectivamente em Londres e Boston. Lara, filha da Márcia e Flávio, estuda medicina e vai futuramente seguir a mesma estratégia: planeja fazer MBA na Universidade de Harvard.

13º - São admiráveis os dirigentes de empresas que possuem sabedoria e humildade para se relacionar bem e de forma humanizada e holística com todos – clientes e funcionários. Eles servirão de exemplo nas suas empresas. São pessoas que escutam e reconhecem o valor do trabalho de cada um. 

Para concluir, quero dividir com vocês alguma das minhas reflexões filosóficas: acredito que, na vida, o maior estímulo vem da própria jornada, sobretudo se ela tiver um sentido, um ideal e sem jamais se “apequenar”.

Creio que aprender a bem viver é necessário um privilégio e sabedoria. A morte é reflexo e consequência da vida vivida. Não nos tornamos outras pessoas no momento da nossa morte. Quem viveu bem, morre bem; quem viveu mal, morre mal. 
Sempre preferi “ser velho” por menos tempo a “ser velho” antes de sê-lo. Acredito que “velho” é aquele que supõe saber tudo, mesmo quando ainda se é jovem.

Tenho mais medo da cegueira, que me impediria de ler, do que da morte. A leitura é uma necessidade vital e os benefícios são hoje cientificamente comprovados para o cérebro e para a vida como um todo. Amplia o conhecimento, amplia o horizonte. É tão importante quanto o ar que se respira, a água que se bebe e o alimento que sustenta o corpo. 

Gosto muito de música clássica. Ouvimos música pra “nos encontrarmos” ou “nos perdermos”. A música serve como “analgésico emocional”, mas também entusiasma, emociona, estimula o amor, a saudade e a transcendência.

Considero o Mater Dei grande e pequeno. É grande para administrar, mas ainda é pequeno para atender a todos que necessitam e cuidados e de boa assistência médica. Daí a nossa opção pelo crescimento. Com o passar dos anos nos tornamos Rede Mater Dei de Saúde. A quarta unidade está sendo construída entre as cidades de Betim e Contagem. Estou certo de que várias outras unidades surgirão no futuro sempre – sempre, repito -, como resposta da diretoria para atender ás necessidade dos nossos clientes. Meus amigos: ter um ideal na vida é uma necessidade, mas também um privilégio. O ideal Mater Dei gera uma força e energia telúrica que parece nunca se esgotar. Esta força e energia telúrica estão impregnados na convicção e na crença dos enormes benefícios do exercício e da prática da medicina ética, altruísta e humana. Força e energia telúrica que contagiam os que trabalham no Mater Dei: médicos, profissionais de saúde e todos os colaboradores desde o mais humilde ao mais famoso e consagrado. 
Força e energia telúrica que impulsionava Juscelino Kubitscheck. Daí toda a sua energia criativa e determinação quando em cinco anos de governo fez 50 anos de progresso. Força e energia telúrica que me mantém de pé, ativo, atuante e com fé e esperança no Brasil. Amor e entusiasmo no coração, mesmo após completar 86 anos de idade. 

Então, para finalizar penso ser apropriada a pergunta: gente, valeu a pena? A resposta certa está mais uma vez no imortal Fernando Pessoa: “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.

José Salvador Silva

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Publicado em: 09/02/2018

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