Primeira cirurgia onco-ginecológica robótica é realizada na Rede Mater Dei de Saúde
A Rede Mater Dei de Saúde realizou a primeira cirurgia onco-ginecológica de Minas Gerais utilizando o robô Da Vinci Xi. O sistema cirúrgico, que é o mais moderno do segmento, integra desde agosto o parque tecnológico da Rede Mater Dei de Saúde.
Para realizar o procedimento cirúrgico foi utilizado o recurso tecnológico Firefly incorporado ao sistema Da Vinci Xi. A tecnologia aprimora as imagens em tempo real e, junto com mapeamento fluorométrico com indocyanina verde (ICG), permite que os cirurgiões tenham uma visão privilegiada e avaliem com maior precisão a anatomia de vasos e estruturas do corpo humano. Além disso, o sistema cirúrgico robótico Da Vinci Xi também possibilita a biópsia de linfonodo sentinela com idocianina verde seja feita paralelamente à cirurgia.
Segundo o coordenador do Serviço de Ginecologia Oncológica da Rede Mater Dei de Saúde, Agnaldo Lopes, o linfonodo sentinela (LNS) representa o primeiro linfonodo ou grupo de linfonodos que recebem a drenagem linfática proveniente do tumor. O tratamento cirúrgico da doença consiste na remoção do tumor primário e dos linfonodos regionais afetados. “Como a morbidade da linfadenectomia regional é alta, a biópsia do linfonodo sentinela é uma técnica com potencial de estadiamento adequado que tem a menor taxa de mortalidade”, explica o especialista.
Tradicionalmente, a histerectomia é realizada via abdominal (com corte vertical no abdome). Porém, a via de sua realização mudou substancialmente nas últimas duas décadas com o advento da laparoscopia e, posteriormente, da cirurgia robótica. No caso do câncer do colo do útero, vários estudos já sugeriram equivalência e também menores taxas de complicações.
O médico ressalta que a aceitação dos pacientes para cirurgia minimamente invasiva é alta devido ao menor tempo de internação, recuperação e retorno rápido às atividades profissionais. “Entre as principais vantagens da plataforma robótica estão a visão tridimensional com alta definição, câmera fixa, maior mobilidade das pinças e movimentos, maior número de instrumentos sob controle do cirurgião, ausência de tremor, menor curva de aprendizado e tornar factível a cirurgia completa minimamente invasiva em pacientes muito obesas”, explica Agnaldo Lopes.
RESPONSÁVEL:
Agnaldo Lopes da Silva Filho
Coordenador do Serviço de Ginecologia Oncológica da Rede Mater Dei de Saúde
CRM-MG: 29239
Publicado em: 08/11/2017
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