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Gravidez e acretismo placentário, exige um Centro de Excelência para uma situação de risco

A placenta é a responsável pelo fornecimento dos nutrientes e oxigênio para o bebê durante toda a gravidez. Normalmente, a placenta se fixa à parede do útero e é expulsa do corpo da mãe entre 10 e 30 minutos após o nascimento. 

 

O Acretismo Placentário é uma situação anormal, quando a placenta adere ao útero de forma incomum, infiltrando na musculatura do útero podendo até atingir outros órgãos da pelve da mulher. A ginecologista e obstetra, Cláudia Laranjeira, coordenadora do serviço de Ginecologia e Obstetrícia da Rede Mater Dei de Saúde, explica quais são os principais sinais de alerta e como é diagnosticada a doença.

 

“Quando a placenta está baixa, perto do colo do útero, a mulher pode apresentar sangramento vaginal durante a gravidez. Quando a placenta está muito infiltrada, existe o que chamamos de acretismo, a mulher pode não sentir nada, mas exames de imagem como o ultrassom detecta o local de implantação da placenta e se há ou não infiltração. Através do exame chamado ultrassonografia com doppler, é possível visualizar os vasos sanguíneos da placenta transfixando a parede do útero. Outro exame que pode ser utilizado para complementar o diagnóstico é a ressonância magnética, que não traz riscos para o bebê e para a mãe, e conseguimos delimitar melhor os limites da placenta.”

 

De acordo com a ginecologista e obstetra, o acretismo placentário é uma das doenças consideradas de alto risco de complicações na obstetrícia pois pode causar uma hemorragia muito grave e incontrolável no momento do parto. “Essa hemorragia pode ser de difícil tratamento porque é um sangramento profundo e em pouco tempo, a mulher pode perder muito sangue e a situação se agrava se não conseguimos repor de forma eficaz na mesma rapidez que o sangue é perdido.” 

 

Assim é importantíssimo o diagnóstico durante o pré-natal e o preparo da equipe para atuar com segurança no momento do parto. A boa notícia é que hoje em centros que atuam de forma multidisciplinar e em maternidades quaternárias, como as da Rede Mater dei de Saúde, isto é possível, minimizando os riscos de uma hemorragia descontrolada.

 

Atualmente realizamos em todos os casos de acretismo placentário uma embolização das artérias uterinas, que é o processo de obstrução das artérias, aumentando a chance de preservação do útero. Isto é realizado com a equipe de cirurgia endo-vascular como explica o cirurgião vascular, endovascular e angiorradiologista Claudio Parra, da Mater Dei. “Já tivemos casos de mulheres que estavam na primeira gestação ou que desejavam ter mais filhos e não queriam se submeter a histerectomia (retirada do útero). Nós fizemos o acompanhamento durante o parto onde realizamos a embolização das artérias que nutrem o útero logo depois que o bebê nasce. Através desse procedimento reduzimos drasticamente o risco de sangramento e consequentemente temos redução da necessidade de transfusões, redução da gravidade do quadro, menor tempo de internação em CTI e ainda preservamos o útero para uma possível nova gestação."

 

A Rede Mater Dei oferece um acompanhamento para gestação de alto risco e serviço de Medicina e Cirurgia Fetal, com um olhar especializado, tanto para as mulheres que têm o risco de ter o acretismo, quanto para aquelas que já têm o diagnóstico confirmado. É importante diagnosticar o acretismo placentário, durante a gravidez, para não haver surpresas no momento do parto e a equipe fazer um planejamento adequado do parto. A ginecologista e obstetra, reforça. “Temos toda a estrutura para termos um bom desfecho, pois contamos com uma equipe endo-vascular capacitada para atuar junto com a equipe de obstetrícia, além de termos capacidade de atender as emergências dessas mulheres, com equipes e banco de sangue em regime presencial durante 24 horas dentro do hospital e apoio das terapias intensivas adulto e neonatal’’, finaliza Cláudia Laranjeira.

 

 


Publicado em: 22/07/2021

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