Atualmente, 4 milhões de brasileiros estão cadastrados como doadores de Medula Óssea. No ano passado houve um aumento de 27% em relação a 2015 de transplantes entre pessoas que não são famíliares. Os números refletem a importância do assunto no que se refere a cuidar do próximo e de nós mesmos.
A Medula Óssea é o segundo maior órgão do corpo humano. Localizada no interior dos ossos é responsável pela produção e manutenção das três linhagens celulares que compõem o sangue: as hemácias ou glóbulos vermelhos, os leucócitos e as plaquetas. Se essa fábrica entra em falência, o organismo também entra em falência, devido às consequências geradas.
O Transplante de Médula Óssea (TMO) pode ser classificado em três tipos. O autólogo é aquele no qual a fonte de células progenitoras é o próprio paciente, o alogênico em que o doador é um familiar, um desconhecido ou um sangue de cordão umbilical e o singênico entre irmãos gêmeos univitelinos. As diferentes modalidades de TMO podem ser indicadas em casos de doenças oncohematológicas, hematológicas, oncológicas e não neoplásicas.
O cadastro como doador voluntário ocorre nos hemocentros estaduais, onde se fornece os dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5ml para testes que determinam as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente. As informações dos dados pessoais e resultados são centralizados no Instituto Nacional do Câncer (INCA). Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é chamado para exames complementares e posteriormente fazer a doação. Por isso, os cadastros devem estar atualizados.
A Rede Mater Dei de Saúde investiu em uma das mais sofisticadas unidades de TMO do país, planejada para atender de forma integrada e completa à crescente demanda dos pacientes oncológicos. Oferece avaliação pré-transplante; mobilização, coleta e preservação de células progenitoras hematopoéticas; administração de quimioterapia; infusão de células progenitoras; suporte clínico e intensivo durante o período de aplasia medular; e suporte ambulatorial pós-transplante. Ponto forte desta unidade é o cuidado centrado no paciente onde a integração física permite que o paciente tenha acesso a uma estrutura diferenciada com apoio diagnóstico ágil e confiável, além do cuidado assistencial multidisciplinar com experiência no atendimento adulto e pediátrico, que visa oferecer aos pacientes segurança, precisão e tranquilidade.
Com capacidade de oferecer todas as modalidades de transplantes, conta com sete leitos especiais que foram cuidadosamente projetados dentro dos padrões internacionais de qualidade. Os quartos possuem ar-condicionado especial, filtros de ar, sistema de pressão positiva, reservatórios próprios de água com esterilização periódica das canalizações, além de outros cuidados essenciais para o sucesso do procedimento.
Patrícia Fischer
Coordenadora do Serviço de Hematologia da Rede Mater Dei de Saúde
Publicado em: 31/07/2017