Fevereiro Laranja: mês de conscientização da leucemia e do transplante de medula óssea (TMO) - REDE MATER DEI DE SAÚDE
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Fevereiro Laranja: mês de conscientização da leucemia e do transplante de medula óssea (TMO)

 

Para melhor entender o que é a leucemia, é importante conhecer um pouco sobre a medula óssea, por isso, a coordenadora do serviço de hematologia da Rede Mater Dei de Saúde, Patrícia Fischer, falou mais sobre o assunto: “A medula óssea, conhecida popularmente por tutano, é o local de formação das células sanguíneas: leucócitos (glóbulos brancos), hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas. A função primordial das hemácias é o transporte de oxigênio, a dos leucócitos, é a defesa do organismo e, a das plaquetas, é a coagulação sanguínea”, diz a médica.

 

Ela também conta que a leucemia é uma doença maligna dos leucócitos (glóbulos brancos), caracterizada pela proliferação anormal destas células na medula óssea, ocasionando a produção insuficiente de células sanguíneas maduras normais. É importante lembrar que as causas da leucemia não são definidas, porém, alguns fatores podem aumentar o seu risco, como tabagismo, radiação, exposição a benzeno, solventes, formaldeído, agrotóxicos, quimioterapia, Síndrome mielodisplásica, Síndrome de Down, dentre outras doenças hereditárias.

 

O diagnóstico precoce é essencial para realizar o tratamento adequado, o mais rápido possível e, assim, aumentar as chances de cura do paciente. Por isso, é importante ficar atento aos sinais e sintomas que podem gerar alerta, como explica a hematologista: “Os principais sintomas decorrem do acúmulo de células leucêmicas na medula óssea, impedindo a produção das hemácias, causando anemia, fadiga e palpitação. Já o impedimento de produção dos leucócitos deixa o organismo mais vulnerável a infecções. O paciente também pode apresentar gânglios linfáticos inchados, febre, perda de peso e dores nos ossos e nas articulações. Caso a doença afete o sistema nervoso central, pode surgir dor de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação”.

 

O tratamento para a leucemia depende de sua classificação. Ele será realizado por um médico hematologista, especialista em doenças do sangue e da medula óssea. Em alguns casos, o Transplante de Medula Óssea (TMO) pode ser indicado.

 

Transplante de Medula Óssea (TMO).

 

Muitas pessoas possuem medo do processo de doação, por isso, para aqueles que esperam por um transplante, que pode ser a única chance de cura, campanhas como a do Fevereiro Laranja podem ajudá-los a encontrar esta pessoa compatível. A médica Hematologista coordenadora do serviço de TMO do Mater Dei Contorno, Priscila Arcebispo Léo, respondeu as principais dúvidas sobre doação de medula óssea. Confira:

 

- O que é o transplante de Medula Óssea?

O transplante de medula óssea, conhecido também como TMO, é um procedimento de alta complexidade, que substitui as células doentes pelas células saudáveis. Este processo pode ser realizado de três maneiras: através do próprio paciente (transplante autólogo); por um doador aparentado ou não aparentado (transplante alogênico) ou através do sangue de cordão umbilical (transplante de células de cordão umbilical). 

 

- Quando o Transplante de Medula Óssea (TMO) se torna necessário?

O TMO é indicado para casos de doenças do sangue, como a anemia aplástica grave, anemias adquiridas ou congênitas e também em alguns tipos de leucemias, como a mieloide aguda, a mieloide crônica e a linfóide aguda. Em geral, o TMO pode ser indicado para o tratamento de cerca de 80 doenças, incluindo casos de mieloma múltiplo, linfomas e doenças autoimunes. 

 

- Quem pode doar? Quais são os pré-requisitos?

Para realizar a doação é necessário:

 

– Ter entre 18 e 35 anos;

– Apresentar bom estado geral de saúde;

– Não possuir doenças infecciosas ou incapacitantes;

– Não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico.

É importante lembrar que algumas complicações de saúde não são impeditivas para realizar a doação. Porém, é necessário avaliar caso a caso.

- A doação tem algum risco para quem doa ou para quem recebe? 

Existem duas formas de realizar a doação. No primeiro caso, o doador é anestesiado em centro cirúrgico. A medula é retirada do interior dos ossos da bacia, por meio de punções (pequenas aberturas). O segundo procedimento chama-se “aférese”. Neste caso, o doador faz uso de uma medicação por cinco dias, com o objetivo de aumentar o número de células-tronco (células mais importantes para o transplante) circulantes em seu sangue. Após este período, a doação é feita por meio de uma máquina de aférese, que colhe o sangue da veia do doador, separa as células-tronco e devolve os elementos do sangue que não são necessários para o paciente. Não há necessidade de internação e de anestesia, todo o  procedimento é feito pela veia.

Lembrando que a escolha do procedimento mais adequado é feita pelo médico.

- Como me tornar um doador?

O primeiro passo é realizar um cadastro. Serão coletados os seus dados pessoais e também 5ml do seu sangue. Posteriormente, o sangue será examinado por meio de testes em laboratório para identificar suas características genéticas. O resultado do exame e seus dados pessoais serão incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME).

As informações genéticas serão cruzadas com os dados dos pacientes que necessitam de doação e, quando houver um paciente compatível, outros exames serão solicitados. Se a compatibilidade for confirmada, você será consultado para decidir quanto à doação.

- Como funciona o processo de compatibilidade?

Para realizar um transplante de medula óssea é necessário que haja compatibilidade tecidual entre o doador e o receptor, caso contrário, a medula será rejeitada. Essa compatibilidade tecidual é determinada por um conjunto de genes localizados no cromossoma 6. A combinação de genes do doador e do paciente devem ser idênticas (100%) ou muito próxima do ideal (90%). A análise é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir das amostras de sangue do doador e do receptor.

 

Geralmente, esta compatibilidade é encontrada entre parentes próximos, como irmãos e pais. Quando não há compatibilidade entre um doador aparentado, a solução é procurar um doador compatível entre os indivíduos da população em geral.

 

Conheça o serviço de TMO da Rede Mater Dei de Saúde

Localizada na unidade Contorno, em Belo Horizonte, a unidade de TMO da Mater Dei é composta por uma estrutura física exclusiva para o atendimento dos pacientes. Além disso, o serviço conta com corpo clínico multidisciplinar especializado, pronto para atender qualquer demanda.

 

O serviço oferece atendimento ambulatorial e em regime de internação, exclusiva para este tipo de atendimento.

 

Hospital Integrado do Câncer (HIC)

 

Referência no tratamento médico-hospitalar em Minas Gerais, o HIC oferece o que há de melhor em diagnóstico, tratamento e acolhimento a pacientes com câncer, atendendo de forma diferenciada e humanizada.

 

Para agendar uma consulta, entre em contato através do telefone: (31) 3401-7490 ou pelo WhatsApp (31) 9 9859-2384.

 


Publicado em: 23/02/2022

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