Brasil enfrenta epidemia de Sífilis - REDE MATER DEI DE SAÚDE

Brasil enfrenta epidemia de Sífilis

Recentemente, uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde apontou que o país vive  uma epidemia de Sífilis. Segundo o boletim epidemiológico, o número de pessoas infectadas no Brasil aumentou cerca de 32,7% entre 2014 e 2015, sendo que entre junho de 2010 e 2016 foram notificados quase 230 mil casos novos da doença.

Além da Sífilis adquirida, que é transmitida por meio de relações sexuais sem o uso de preservativo, existe também a Sífilis congênita, cuja transmissão acontece da mãe infectada para a criança durante a gestação ou o parto. Hoje, a principal preocupação dos especialistas é a Sífilis congênita. Segundo os últimos dados (2012) da  Organização Mundial de Saúde - OMS, estima-se que cerca de 900 mil grávidas sejam infectadas com a sífilis a cada ano. Os casos de Sífilis congênita, que eram de 3,7 a cada mil nascidos vivos, agora apresentam 11,2, apontando um aumento de 202%. Já para a Sífilis adquirida, a taxa é de 42,7 casos a cada 100 mil habitantes. 

Segundo Rodrigo Farnetano, médico infectologista do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar (SECIH) da Rede Mater Dei de Saúde, o aumento de casos no país está diretamente ligado ao não uso de preservativos. "Uma das maiores causas responsáveis pelo aumento de Sífilis é a não utilização de preservativos em qualquer modalidade de relação sexual (oral, anal e vaginal) passiva ou ativa com o portador da Sífilis, estando este com sintomas/sinais ou não", explica o especialista.

A Sífilis é uma doença que apresenta um quadro clínico muito diverso, o que faz com que muitas pessoas sejam contaminadas pela bactéria mas não tenham conhecimento sobre isso. Como a doença tem fases silenciosas, se a pessoa realmente não investigar, é muito provável que ela fique anos transmitindo a doença, deixando a mesma passar desapercebida. Por isso, é muito importante fazer o uso de preservativos e, caso haja qualquer alteração no corpo ou tenha relação sexual sem preservativo, procurar ajuda especializada. 

Saiba mais sobre a Sífilis Adquirida


RESPONSÁVEL:
Rodrigo Farnetano
Infectologista
CRM-MG: 37024


Publicado em: 02/01/2017

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