Em todos os prontos-socorros do Brasil, com plantões reforçados, os ortopedistas se preparam para o período que mais contribui para as estatísticas que colocam o País como um dos líderes mundiais de mortes no trânsito, 47 mil a cada ano, além de 400 mil pessoas que ficam com sequela decorrente do traumatismo, que podem ir da amputação de uma perna à condenação a uma cadeira de rodas pelo resto da vida. A colocação é do especialista Francisco Carlos Salles Nogueira, diretor de Campanhas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e médico da Rede Mater Dei de Saúde, instituição que também está se preparando para a época mais difícil do ano.
“O uso do celular na direção, o excesso de velocidade e principalmente o motorista alcoolizado na volta da festa de réveillon produzem acidentes de alta energia”, diz o médico, sendo os mais comuns o afundamento torácico, fratura da pelve ou do fêmur e o mais temido, o politrauma, que exige o atendimento multidisciplinar. Nesses casos o ortopedista trabalha juntamente com o neurocirurgião ou o cardiologista, por exemplo. É que quando o paciente é idoso geralmente há comorbidades, como quando o acidentado precisa de uma cirurgia ortopédica mas é cardíaco, o que torna o procedimento mais complicado.
“Para quem lê a notícia dos acidentes de fim de ano no jornal, a lembrança que fica é apenas de um número”, complementa o ortopedista, mas é difícil imaginar a dificuldade e o estresse do médico que precisa informar aos familiares de um paciente que ele perderá as duas pernas, num exemplo, ou que ele teve morte cerebral. “E o pior”, conclui, “é que essas mortes e sequelas são evitáveis, bastaria um pouco mais de conscientização e os desastres não ocorreriam”.
Nogueira lembra que o custo do tratamento dos feridos no trânsito, mesmo sem levar em conta o prejuízo da incapacitação para o trabalho por uma vida inteira, chega a 56 bilhões de reais, segundo recente levantamento do Observatório Nacional de Segurança Viária. “O problema não é só brasileiro, entretanto”, complementa o especialista, tanto que há sete anos a ONU lançou uma campanha para reduzir as mortes no trânsito pela metade, até 2020. O documento da ONU, do qual o Brasil é signatário, indica que no mundo são perdidas a cada ano 1,3 milhão de vidas, enquanto as vítimas não fatais chegam a 400 milhões.
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RESPONSÁVEL:
Francisco Carlos Salles Nogueira
Ortopedista e traumatologista
CRM-MG: 19492
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