Quando um paciente passa por uma cirurgia ou precisa ficar acamado por um longo período, aumentam-se as chances de ocorrer uma trombose venosa. O problema é caracterizado pela formação de coágulos sanguíneos que podem obstruir a passagem do sangue e até provocar morte por embolia pulmonar.

Para reduzir a incidência de trombose em pacientes internados no Mater Dei, o Hospital adota um protocolo específico para avaliar o risco e instituir medidas com objetivo de reduzir a ocorrência de Tromboembolismo Venoso (TEV). Assim, 100% dos pacientes que se internam no Hospital se submetem à avaliação de risco de acordo com o procedimento clínico ou cirúrgico que será submetido. São colhidas informações, através da equipe de enfermagem, como porte da cirurgia, idade do paciente, uso de medicamentos e doenças associadas que aumentam o risco de trombose. “Essa avaliação inicial é fundamental para adequar as ações preventivas destinadas aos pacientes que têm risco de trombose venosa profunda e de sua consequência clínica mais temida, o tromboembolismo pulmonar”, explica o médico coordenador do projeto, Jefferson Torres Penna.
Quando o paciente é classificado com risco intermediário ou alto para trombose, ele recebe medicação apropriada e, caso não possa utilizá-la, é feita profilaxia mecânica com a ajuda de um equipamento que auxilia na circulação do sangue. Para garantir a precisão das informações, uma nova avaliação é feita a cada três dias.
Para acompanhar a adesão ao Protocolo, um grupo interdisciplinar se reúne quinzenalmente para alinhar processos. Segundo a enfermeira do projeto, Flávia Nicácio, o grupo também participa de reuniões clínicas junto às equipes médicas e de enfermagem que atuam no Mater Dei. A aderência à profilaxia de TEV no Hospital é monitorada e controlada pela diretoria técnica e clínica por meio de indicadores objetivos. Esta ação sistêmica é importante ferramenta de gestão de risco assistencial e traz maior segurança aos pacientes.
RESPONSÁVEL:
Jefferson Torres Penna
Clínico geral
CRM-MG: 1117