Intoxicação alimentar  - REDE MATER DEI DE SAÚDE

Intoxicação alimentar 

A intoxicação alimentar, também chamada de gastroenterite aguda, é uma patologia clínica. A sua causa está relacionada à ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias ou vírus, sendo os mais comuns a Salmonella, Escherichia coli e o Rotavírus, ou por suas respectivas toxinas e fungos.
 
A contaminação pode ocorrer durante o preparo ou armazenamento dos alimentos. Carne crua ou mal passada, assim como ovos mal cozidos, leite in natura e vegetais não higienizados são importantes fontes destes agentes. Segundo o gastroenterologista da Rede Mater Dei Saúde, Juliano Antunes, os sintomas mais comumente relatados são náuseas, vômitos, diarreia, febre, cólicas abdominais e mal-estar geral. “Nos quadros mais graves, podem ocorrer desidratação, hipotensão e choque. Independente da causa, os sintomas são comuns a todos os agentes”, afirma o especialista. 
 
Em casos específicos, quando os alimentos estão contaminados pelo Clostridium botulinum, causador de uma afecção chamada botulismo, além dos distúrbios gastrintestinais, que nem sempre aparecem, os sintomas podem ser indicativos de alterações neurológicas, como visão dupla e distúrbios da fala e da deglutição. O diagnóstico é clínico e a história de contatos com pessoas próximas com sintomas semelhantes ou a ingestão de alimentos suspeitos pode evidenciar a causa desta nosologia. “Há ainda exames parasitológico de fezes e a pesquisa de piócitos fecais, os quais podem ajudar na investigação da causa e auxiliar no tratamento”, explica Juliano.
 
A prevenção das intoxicações alimentares está associada ainda ao saneamento básico e requer medidas rigorosas de higiene durante o preparo dos alimentos, assim como lavar as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro. É importante evitar a ingestão de alimentos crus, como carne e ovos, em exposição por tempo prolongado, embalados de forma inadequada ou com embalagens estufadas.

A intoxicação alimentar não requer um tratamento específico na maioria das vezes. O mais comum é a hidratação do paciente combinada com medicamentos para controlar náuseas, vômitos, dor e febre, o que pode variar de acordo com a demanda. Casos mais graves com vômitos incoercíveis, hipotensão e diarreia volumosa devem ser conduzidos a um serviço de atendimento de urgência. Em alguns casos, é necessário o uso de antibióticos. 


RESPONSÁVEL:
Juliano Antunes Machado
Gastroenterologista e Nutrólogo
CRM-MG: 38045

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